“Tenho a visão de uma grande revolução de mochilas, milhares ou até mesmo milhões de jovens americanos vagando por aí com mochilas nas costas, subindo montanhas para rezar, fazendo as crianças rirem e deixando os velhos contentes, deixando meninas alegres e moças ainda mais alegres, todos esses zen-lunáticos que ficam aí escrevendo poemas que aparecem na cabeça deles sem razão nenhuma e também por serem gentis e também por atos estranhos inesperados, que vivem proporcionando visões de liberdade para todo mundo e todas as criaturas vivas” - Jack Kerouac, no livro Os Vagabundos Iluminados
Quando chegar a revolução das mochilas, nossa capital será Pedro Leopoldo, onde foi encontrada nossa prima Luzia, e onde Chico Xavier disse todas aquelas coisas.
Quando chegar a revolução das mochilas, subiremos o morro da Serra de chinelos, para ouvir o canto zen dos monges das Alterosas.
Quando chegar a revolução das mochilas, passaremos os feriados em trilhas, sempre rindo e ressoando "Om".
Quando chegar a revolução das mochilas, os mamutes voltarão a povoar o ártico, e acabarão com o aquecimento global com suas míticas pisadas.
Quando chegar a revolução das mochilas, comeremos carne só quando for a buchada de vovó.
Quando chegar a revolução das mochilas, penduraremos nossos barcos a remo em geodésicas de Fuller, e não haverá nenhuma fuleragem.
Quando chegar a revolução das mochilas, apontaremos o polegar em riste, de Nova Iorque a Porto Alegre, e encontraremos nossos amigos consultores em Passárgada.
Quando chegar a revolução das mochilas, terá fim a peleja do diabo com o dono do céu.
Quando chegar a revolução das mochilas, essa boa energia emanará para o mundo e acabará com todas as desavenças.
Quando chegar a revolução das mochilas, não precisaremos mais esperar por revoluções.